terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Asas pequenas

A menina morena de asas pequenas, que é branca como um copo de leite, vive a pensar como seria recomeçar algo que depois de muitas vírgulas chegou ao ponto final. Durante o pensamento incontido da menina mulher, o cheiro da rosa que exala a vida nova deixa-a embreagada de tantas ilusões.
Aos poucos a vida mostra a que veio e ela porque quer viver. Engana-se quem acha que é por um simples viver; ela quer mais, quer ir além do que seus olhos podem ver, suas mãos tocarem e seus ouvidos escutarem. Ela quer o que é invisível aos olhos dos que tratam a vida como uma rotina de ganhos e perdas, como dias que passam sem ninguém perceber.
Ela confunde o que sente, esconde e mente. Mas o que é isso, senão o viver?
A mulher não é rude. É menina, é só virtude, quando ama sem porquê.
Não pretendo defender os sonhos da branca que cheira a rosa e a baunilha como um não sei o quê. O que quero é que saibam que a mulher é só sentimento, vontade, ternura e nada de ressentimento do que depois de muitas vírgulas chegou ao ponto final.
Não... não é assim que acaba a história afinal... a menina morena de asas pequenas tem muito para voar até a história acabar.

Quarta, 12 de Outubro de 2011 às 01:24

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